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Identificação do Vinho através de ADN
2005-03-30

A Universidade de Montpellier, em França, está a desenvolver o mais recente método de identificação da origem dos vinhos. Os cientistas pretendem discernir diferentes vinhos através da determinação do ADN das uvas.

 

A complexidade da composição do vinho tem permitido a falsificação de marcas importantes. Apesar da crescente sofisticação dos métodos de detecção de fraudes, os impostores também vão desenvolvendo os seus métodos de falsificação. Com a identificação do ADN das uvas, as fraudes passarão a ser virtualmente impossíveis.

Actualmente, utilizam-se programas de autenticação falíveis, como é o caso da análise dos isótopos. Os átomos de carbono, hidrogénio e oxigénio variam conforme as versões de vinho, oriundas de diferentes regiões, conseguindo-se distinguir o local onde o vinho foi produzido.

No entanto, a presença dos mesmo átomos varia de acordo com as condições atmosféricas locais, o que significa que é necessário obter amostras da composição dos vinhos a cada ano, para que se possa ter uma base de comparação.

Outro método para distinguir vinhos prende-se com a análise das cores, que são particulares de acordo com o tipo de absorção da luz. Contudo, este método é questionado, desde logo, quando o vinho é composto por misturas, tornando a sua cor um misto de diferentes qualidades.

Com o projecto da Universidade de Montpellier concretizado, a questão da prevenção da falsificação do vinho daria um grande passo. Os mesmos cientistas estão também a trabalhar na identificação de marcadores genéticos das uvas para se conseguir diferenciar as 2500 variedades de uvas existentes.



Fonte: Nature e Confagri

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