A Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (Afssa) tornou público o primeiro relatório sobre o impacto do aquecimento do planeta em algumas doenças animais.
Sob a autoridade do Comité de especialistas em sanidade animal do Afssa, um grupo de trabalho, a pedido da Direcção-Geral de Alimentação do Ministério da Agricultura, procedeu a uma avaliação do risco de aparecimento e desenvolvimento de enfermidades tendo em conta um eventual aquecimento climático.
A grande conclusão é que as alterações do clima têm, provavelmente, impactos directos no funcionamento dos ecossistemas e na transmissão de doenças animais, nomeadamente através da modificação de habitat dos insectos responsáveis pela propagação de numerosas enfermidades.
Após o processo de hierarquização dos riscos, os especialistas identificaram seis doenças a supervisionar prioritariamente, tendo em conta eventuais repercussões sanitárias e económicas do seu desenvolvimento. São elas: a febre do vale do Rift; a febre de West-Nile; a leishmaniose visceral; leptospiroses; a febre catarral ovina e a peste equina.
A Afssa recomenda:
Um reforço da vigilância dessas doenças em todo o território francês, a activação de sistemas de alerta e a definição de planos de emergência;
O desenvolvimento de investigação sobre a prevenção e o tratamentos dessas doenças e a criação de redes de competências à escala europeia para favorecer colaborações;
A informação e a formação do público e dos profissionais de saúde.
Fonte: Agrisalon e Confagri