As normas de controlo da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) aplicadas na União Europeia poderão ser revistas ainda este ano. Em foco está o aumento do limite de idade dos bovinos cujos materiais específicos de risco têm de ser retirados.
Actualmente, esse limite está fixado nos 12 meses, mas alguns estados-membros têm advogado a subida desse limite para 21 meses. O principal perigo prende-se com a eventual entrada na cadeia alimentar de materiais infectados e que poderão levar à contaminação de pessoas.
A União Europeia tornou obrigatória, em 2000, a remoção desses materiais específicos de risco dos animais abatidos para consumo, quer humano quer animal. Markos Kyprianou, comissário europeu para a Saúde e Protecção do Consumidor, afirmou que quer ver estas regras revistas.
A Agência Europeia de Segurança Alimentar reviu as normas comunitárias de segurança face à EEB, mais conhecida por doença das “vacas loucas”, e concluiu que o limite de idade para a retirada de materiais de risco pode ser elevado a 21 meses, uma vez que só se detectaram quatro casos da doença em animais com idades abaixo dos 35 meses, desde 2001.
Ao longo do período 2001-2004, os casos de EEB detectados na União Europeia passaram de um limite de 28 meses a 42, o que significa que a doença está a seguir um caminho moroso de erradicação. A Agência Europeia de Segurança Alimentar ressalvou, contudo, que a remoção dos materiais específicos de risco deverá ser garantida em animais a partir dos 30 meses.
Fonte: Reuters e Confagri