A Comissão do Codex Alimentarius reuniu, esta semana, em Roma, tendo adoptado mais de 20 normas destinadas a proteger a saúde do consumidor através da segurança alimentar, promovendo também mais justiça no comércio mundial de alimentos.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) destacou, do evento, a aprovação de directrizes sobre complementos alimentares de vitaminas e minerais e de um código de medidas para minimizar e travar a resistência a antibióticos. Participaram desta reunião 120 países.
Em relação a complementos de vitaminas e minerais, o Codex Alimentarius estabeleceu a obrigatoriedade de informar nos rótulos sobre os níveis máximos de consumo, de forma a que o consumidor possa utilizar complementos de forma segura e eficaz. O objectivo é promover dietas alimentares que contenham vitaminas e minerais suficientes e não em demasia.
Foi criado um grupo de trabalho específico para a questão da resistência a antibióticos, esperando-se uma decisão formal sobre a questão dentro de um ano. Para já, o Codex Alimentarius aconselha a utilização moderada de antibióticos em doenças humanas e na produção animal.
Segundo a FAO, a resistência aos antibióticos tem-se tornado numa «ameaça crescente para a saúde pública», já que são muitos os casos de utilização inadequada por parte da população e no emprego em animais destinados ao consumo humano. Os antibióticos usados em pesticidas também têm sido abusados, o que aumenta a resistência dos microrganismos que se pretende combater.
Cada vez mais fortes, estes microrganismos desenvolvem-se nos animais destinados ao consumo humano e transmitem-se às pessoas através de alimentos contaminados. A FAO alerta para o facto de serem cada vez mais frequentes os casos de estirpes resistentes de Salmonella, o que limita o tratamento possível e pode resultar, em última análise, na morte dos infectados.
Fonte: FAO e Confagri