Os Estados-membros aprovaram a 23 de Fevereiro, a comercialização na União Europeia (UE) de um aditivo alimentar inovador, conforme proposto pela Comissão. O aditivo, composto por 3-nitrooxipropanol, ajudará a reduzir a emissão de metano, um potente gás de efeito estufa, das vacas. Estima-se que a redução possa atingir entre 20% e 35%, sem afetar a produção.
O produto passou por uma rigorosa avaliação científica pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar que concluiu que é eficaz na redução das emissões de metano pelas vacas para produção de leite, refere uma nota de imprensa da Comissão Europeia.
Garante ainda a Comissão que o uso deste aditivo “é seguro para vacas e consumidores e não afeta a qualidade dos produtos lácteos”.
Assim que a decisão for adoptada pela Comissão, prevista para os próximos meses, o aditivo para rações será o primeiro desse tipo disponível no mercado da UE.
“Este produto inovador contribuirá para a sustentabilidade da agricultura da UE e para os objetivos da Estratégia Do Prado ao Prato”, realça a mesma nota.
Para a Comissária responsável pela Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides, “a inovação é fundamental para uma transição bem sucedida para um sistema alimentar mais sustentável. Cortar as emissões de metano relacionadas com a agricultura é fundamental na nossa luta contra as mudanças climáticas e a aprovação de hoje é um exemplo muito revelador do que podemos alcançar através de inovações agrícolas”.
Bovaer
O aditivo alimentar para bovinos, composto por 3-nitrooxipropanol e com o nome comercial Bovaer, foi criado pela empresa holandesa DSM.
Segundo a empresa, o Bovaer é o resultado de uma década de pesquisa científica, incluindo mais de 50 estudos revisados por pares publicados em revistas científicas independentes e 45 ensaios em explorações agrícolas em 13 países em 4 continentes.
Desde que recebeu aprovações regulatórias completas no Brasil e no Chile para o Bovaer, no início de Setembro de 2021, a DSM assinou um acordo de desenvolvimento com a JBS, uma das maiores produtoras de alimentos do Mundo. A aprovação da Comissão Europeia já permitia que a DSM iniciasse o desenvolvimento do produto no mercado na Europa no primeiro semestre de 2022.
Fonte: Agricultura e Mar