É um primeiro passo na aproximação de pescadores e conserveiras, com o objetivo de assegurar o escoamento da sardinha. O acordo foi assinado, na segunda-feira, entre a Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco – Anopcerco e a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP).
“É o recuperar de uma ligação umbilical que existia entre a produção e a indústria e que, por força da redução drástica das quotas, se quebrou e que, agora, com a recuperação do recurso, estamos a tentar reanimar para que a nossa produção tenha o melhor aproveitamento possível”, afirmou, ao JN, o presidente da Anopcerco, Humberto Jorge, lembrando a importância da sardinha para o setor das pescas, já que é “a espécie mais abundante na costa portuguesa”.
Com esta parceria, diz, fica “apontado o caminho”, mas agora haverá contratos de abastecimento direto, negociados entre as organizações de produtores e as conserveiras região a região, que irão definir preços e quantidades.
Numa altura em que a candidatura da sardinha ibérica à certificação MSC (Marine Stewardship Council) ganha força, as duas associações querem incentivar estes contratos para que, logo que possível, as conservas portuguesas possam ostentar aquele rótulo de sustentabilidade. Recorde-se que, fruto da rutura nos stocks de sardinha, Portugal perdeu, em 2014, a certificação MSC.
Fonte: Jornal de Notícias