Os representantes de vinte regiões da União Europeia, reuniram-se a 4 de Fevereiro, em Florença, e lançaram um desafio a Bruxelas sobre os Organismos Geneticamente Modificados (OGM): o direito à protecção da poluição transgénica, exigindo para os seus responsáveis sanções.
Adoptaram “uma carta das regiões e autoridades locais da Europa sobre a coexistência entre transgénicos e as culturas convencionais e biológicas”, preocupados em proteger a agricultura de qualidade, que no seu entender está ameaçada pelas culturas OGM.
Os executivos das vinte regiões signatárias consideram que os agricultores que optam por não cultivar transgénicos não ficam, suficientemente, protegidos da poluição pelo pólen dos seus vizinhos que adoptam tal tecnologia.
Assim, pedem à Comissão, «que proponha um sistema de sanção» dos responsáveis pela contaminação transgénica e querem que os procedimentos de autorização de OGM sejam subordinados, para além do respeito dos princípios de precaução, de prevenção e de ética, à presença de efeitos positivos para os consumidores.
Esta consideração é essencial dado que, com excepção do algodão, nenhuma vantagem específica OGM para o consumidor ou para o ambiente foi confirmada, de forma incontestável, até ao momento.
Fonte: Le Monde e Confagri