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CORANTE SUDAN I - ponto da situação
2005-02-25

A Agência Portuguesa de Segurança Alimentar publicou o seguinte texto sobre o corante Sudan I:

“Na sequência de contactos estabelecidos entre a Agência Portuguesa de Segurança Alimentar - APSA e a Agência de Segurança Alimentar Inglesa – “Food Standards Agency”, na passada 6ª feira, dia 18 de Fevereiro, teve-se conhecimento de que tinha sido detectado em diversos produtos alimentares o corante Sudan I, o qual não está autorizado para uso alimentar na União Europeia, em virtude do mesmo ser carcinogénico.

No sentido de verificar a sua eventual presença em Portugal e avaliar qual a dimensão do problema, a APSA estabeleceu contactos com as suas congéneres europeias e com as autoridades nacionais de gestão do risco.

Apurou-se que a contaminação teve origem na importação de um lote de piri piri em pó, proveniente da Índia, com um teor de 80 ppm de Sudan I, o qual foi posteriormente utilizado, como ingrediente, no fabrico de um molho inglês “worcestershire sauce”.

Este molho inglês foi depois utilizado como ingrediente em diversos produtos alimentares, cuja listagem, com a indicação das marcas, a Agência Inglesa desde logo disponibilizou no seu “web site”. http://www.food.gov.uk

Dos produtos constantes dessa lista, só o molho inglês foi comercializado em Portugal.

Nesta sequência, foram empreendidas pela Direcção Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar – DGFCQA, acções que resultaram na apreensão e retirada do mercado de cerca de 40000 litros de molho inglês das marcas Ferbar e marca própria Makro. Foram, igualmente, colhidas amostras para determinação do eventual teor de contaminação, aguardando-se a divulgação dos resultados.

A APSA, face aos elementos disponíveis até ao momento, informa que:

Os valores de contaminação do corante Sudan I encontrados no piri piri em pó são elevados.

No entanto, os teores deste corante são substancialmente mais baixos no molho inglês, considerando o processo de diluição de piri piri que é utilizado na confecção deste produto.

Face aos hábitos alimentares dos portugueses, o consumo de molho inglês é diminuto, pelo que o risco associado a este alimento é baixo.

Embora o Sudan I seja considerado um produto carcinogénico, a sua utilização ocasional, por si só, não põe em risco a saúde dos consumidores.

A Agência Portuguesa de Segurança Alimentar aconselha contudo, por medida de precaução, os consumidores que ainda possuam molho inglês das marcas Ferbar e Makro, a não o utilizarem, pese embora já tenham sido retirados do circuito comercial pela DGFCQA os lotes contaminados e os produtos considerados suspeitos.

Caso surjam novos elementos, os mesmos serão divulgados por esta Agência.”

 



Fonte: Agência Portuguesa de Segurança Alimentar

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