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Uma comissão da Associação Nacional de Comerciantes e Produtores de Gado (ANCPG) contestou hoje no mercado da Benedita, Alcobaça, os atrasos na vacinação dos animais contra a febre catarral.
O presidente da ANCPG, António Ferraria, revelou que só foram ainda vacinados "59% dos bovinos", o que está a condicionar a reabertura plena do comércio de gado por parte da Direcção- Geral de Veterinária (DGV).
"Não se percebem estes atrasos", criticou António Ferraria, salientando que este problema vai ser objecto de uma exposição aos vários grupos parlamentares.
Esta febre, mais conhecida como doença da "língua azul", provoca febres altas nos ovinos mas pode ser tratada com soros e vacinas, não apresentando qualquer problema para o consumo público.
De acordo com um edital emitido pela DGV, os produtores do Alentejo e da Beira Interior estão proibidos de vender os animais nas feiras de gado de todo o país, o que está a dificultar o escoamento da sua carne, explicou António Ferraria.
Embora os bovinos não sofram da doença, o edital também proíbe a sua comercialização nas feiras, porque podem transportar o vírus sem serem afectados.
António Ferraria alertou que apesar dos ovinos já estarem todos vacinados, ainda existem "demasiados atrasos" na vacinação dos bovinos.
"As pessoas estão preocupadas com esta situação. Há muita gente nas feiras mas depois não há animais para vender", explicou.
O edital aplica-se a todos os ruminantes, já que embora apenas os ovinos e caprinos fiquem com febre, os bovinos também transportam a doença, que se propaga entre animais através dos insectos.
Fonte: Lusa e Confagri
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