A gripe das aves já matou mais de seis mil pássaros migratórios na província de Qinghai, no noroeste da China, revelou na passada sexta-feira o Ministério da Agricultura de Pequim.
Neste momento, já não há registo de frangos ou aves domésticas infectadas com o vírus H5N, adianta o director-geral do Gabinete de Veterinária do Ministério, Jia Youling, acrescentando que também já não há dados sobre pessoas contagiadas.
De acordo com o responsável, «a China está a realizar testes para descobrir a virulência do vírus, e os resultados serão partilhados com as organizações internacionais».
Na passada terça-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) calculou que existiriam cerca de cinco mil aves selvagens mortas com o vírus H5N1 naquela província do noroeste da china, onde foi detectado um surto nos pássaros migratórios que passam o Verão na reserva natural na em Qinghai. Roy Wadia, porta-voz da OMS na China, adiantou que «diariamente estão a morrer cerca de 20 aves».
Os animais em causa, de cinco espécies diferentes, chegam anualmente ao lago de Qinghai para passar o Verão abrigados do calor que se regista nos seus locais de origem, no sul da China, na Índia, no Paquistão, na Tailândia, no Vietnam e outros países vizinhos.
A alta mobilidade destas aves torna imprescindível o controlo das suas rotas migratórias, que são pouco conhecidas. É vital tentar isolar o surto antes que os pássaros levem o vírus para outros locais alerta a OMS. Por outro lado, não se sabe ainda quais foram os animais que trouxeram o vírus.
Para combater o vírus, as autoridades de província de Qinghai exterminaram 20 mil frangos nos 20 quilómetros em torno da reserva natural e vacinaram entre 2 e 3 milhões de animais.
Medidas que a OMS elogia, mas alerta para a necessidade de apertar o controlo.
Fonte: Diário Digital