14 de Maio de 2025
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Método rápido que utiliza tecnologia de infravermelhos aumenta a segurança alimentar do atum
2025-05-13

Uma equipa de investigação do IFAPA Alameda del Obispo (Córdoba) propôs um procedimento para identificar instantaneamente a histamina, um possível alergénio, e a sua concentração na indústria pesqueira. Esta tecnologia poderia ajudar as empresas e os produtores que controlam a qualidade do peixe a evitar riscos para a saúde.
 
Uma equipa de investigadores do Instituto Andaluz de Investigação e Formação Agrária, Pesqueira, Alimentar e de Produção Biológica (IFAPA), pertencente ao centro “Alameda del Obispo” (Córdova), em colaboração com o Centro de Investigação Agrária da Valónia (CRA-W, Bélgica), desenvolveu um método rápido de deteção e quantificação da histamina, utilizando a tecnologia de infravermelhos médios. Este alergénio, que pode estar presente em peixes como o atum, pode ser nocivo, dependendo da sua concentração e da sensibilidade da pessoa que o consome.

O aparecimento deste composto está relacionado com a má conservação do peixe, higiene inadequada no manuseamento e outras questões que aceleram a atividade microbiana e a degradação dos tecidos do peixe. Em grandes quantidades, a histamina pode representar um risco para os consumidores, dependendo da sua sensibilidade a ela.

De acordo com os especialistas do IFAPA responsáveis por este estudo, até à data não existem outros métodos rápidos que possam quantificar este tipo de composto diretamente no peixe, pelo que a sua proposta poderá ajudar as empresas e os agentes que controlam a qualidade dos produtos da pesca a identificar rapidamente lotes de peixe com níveis de histamina perigosos para o consumo humano. Além disso, a tecnologia desenvolvida poderia ser adaptada a outros alimentos onde este tipo de composto também é um problema relevante.

 
Equipamento FTMIR utilizado pelos peritos nesta nova metodologia.
Tradicionalmente, este tipo de análise alimentar é realizado com uma técnica analítica comum que implica a recolha de uma amostra, o seu transporte para o laboratório e a sua sujeição a uma série de procedimentos, como a trituração ou a extração dos compostos de interesse e a sua posterior análise química, para os identificar e quantificar. “O processo que propomos não requer tantas etapas e não destrói a amostra. Basta colocar a peça e aplicar-lhe a tecnologia em questão. Seria semelhante ao processo de passar na caixa do supermercado”, explica o investigador principal do IFAPA, José Manuel Moreno, responsável pelo trabalho.
 
 

Ensinar o algoritmo

Como explicado no artigo “Rapid screening of tuna samples for food safety issues related to histamine content using fourier-transform mid-infrared (FT-MIR) and chemometrics” publicado no Journal of Food Engineering, para desenvolver este método rápido, os especialistas desenvolveram um algoritmo matemático com os espectros de infravermelho médio e introduziram dados de histamina de amostras de atum com diferentes concentrações.
 
Para forçar estas concentrações, os peritos submeteram o peixe a diferentes tempos de armazenamento e temperaturas para aumentar a variabilidade dos dados relativos aos compostos nas amostras de atum. Em seguida, analisaram-nas utilizando instrumentos de infravermelhos médios para ensinar o algoritmo a prever a presença de histamina e a sua quantificação.

Um sistema simples e portátil

Além disso, os especialistas foram mais longe e desenvolveram modelos discriminantes, ou seja, o sistema não só identifica e quantifica a histamina, como também indica automaticamente se a sua concentração está acima do permitido pela legislação atual, quer europeia quer americana (FDA), com uma eficácia de 95%. “Outras vantagens da utilização destes instrumentos com o sistema que propomos é que, por um lado, pode ser utilizado tanto em laboratório como numa versão portátil e, por outro, podem ser analisadas várias peças sem as destruir”, afirma a investigadora do IFAPA Mónica Sánchez Parra, coautora do estudo.
 
Fonte: iAlimentar 

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