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Tuberculose Suína
2005-02-14

Na passada sexta-feira, a Direcção-geral de Veterinária (DGV) confirmou que desde Janeiro foram detectados "milhares" de porcos infectados por uma microbactéria da tuberculose, mas ressalvou a "boa qualidade" de toda a carne que sai dos matadouros para venda.

Em finais de Dezembro do ano passado, os inspectores sanitários detectaram nos matadouros os primeiros suínos com lesões características da tuberculose.

O director-geral de Veterinária, Carlos Pinheiro, afirmou que “até agora identificámos lesões em mais de uma dúzia de explorações concentradas na região de suinicultura industrial do litoral e centro do país”.

De acordo com o responsável, nessas explorações portuguesas terão sido afectados “milhares” de porcos, adiantando ainda estarem também doentes animais de outros países, nomeadamente dos Estados Unidos e países da Europa comunitária.

"A microbactéria está a ser investigada em vários países, mas ainda não se descobriu a fonte de contágio. Sabe-se que não é o agente normal da tuberculose" que afecta os humanos, realçou Carlos Pinheiro.

A DGV emitiu circulares a solicitar um reforço das inspecções sanitárias e uma maior atenção dos inspectores aos animais que chegam aos matadouros com uma inflamação dos gânglios, desde que foram detectados os primeiros casos em Portugal.

A carcaça dos animais infectados pode ser rejeitada pelos inspectores sanitários na totalidade, quando a infecção é generalizada, ou parcialmente, se apenas algumas partes do animal foram afectadas.

Contudo, Carlos Pinheiro garantiu que a carne de porcos que não é rejeitada e que sai dos matadouros para venda está em boas condições de ser consumida.

O director-geral de Veterinária afirmou que “tem havido um cuidado redobrado [por parte dos inspectores sanitários] para salvaguardar a saúde pública. Posso garantir que a carne que sai dos matadouros está em condições de ser consumida sem riscos para a saúde pública. É esse o trabalho dos inspectores sanitários”.

Em termos teóricos, os cientistas defendem que esta microbactéria pode ter algum efeito, se consumida, na saúde de pessoas imunodeprimidas (com baixas defesas).

“Teoricamente essas pessoas poderiam contrair tuberculose se comessem carne infectada, mas isso não pode acontecer na prática pois essa carne não sai dos matadouros para venda”, explicou Carlos Pinheiro.

Esta é a primeira vez em Portugal que esta microbactéria infectou animais de explorações suinícolas.



Fonte: LUSA

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