Depois de introduzida a certificação em bem-estar animal para a fileira da carne de porco, desenvolvida pela FILPORC, em conjunto com a FPAS e a APIC, as primeiras certificações já estão emitidas, colocando Portugal na vanguarda da promoção de um sistema produtivo seguro e transparente, que garante bem-estar e boa sanidade em todas as fases do ciclo de produção até à mesa do consumidor.
A fileira da carne de porco nacional, liderada pela Associação Interprofissional – FILPORC, em parceria com a FPAS – Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores – e a APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes - introduziu um sistema de certificação em bem-estar animal para os suínos, que vem regular o processo produtivo em consonância com os requisitos mais avançados do mundo em bem-estar animal.
Este referencial para suínos, aprovado pelo Ministério da Agricultura por Despacho a 1 de setembro de 2021, já está em marcha e apresenta agora as primeiras explorações, transportadores e matadouros certificados.
“Esta certificação é de extrema importância para a produção e reflete a nossa preocupação em criar os animais com as melhores condições do ponto de vista da produção animal e em mente com as preocupações do consumidor”, refere Vítor Menino, Administrador da Valorgado, a primeira exploração suinícola portuguesa a receber a Certificação em Bem-Estar Animal.
“Isto prova que os produtores portugueses estão na vanguarda a nível mundial e que Portugal pode orgulhar-se de fazer parte do conjunto de países que vão mais longe do que as imposições previstas pelas políticas mundiais, inserindo-se na região do globo mais exigente em termos de parâmetros de produção”, acrescenta Vítor Menino.
Em linha com a estratégia europeia que define metas para um regime alimentar mais saudável, sustentável e com respeito pelo ambiente e bem-estar animal, a chamada estratégia “Do Prado ao Prato”, a certificação em bem-estar animal para a fileira da carne de porco promove a ética de trabalho com os animais, garantindo o seu bem-estar e sanidade, com a atribuição de um sistema de rotulagem da carne que permite ao consumidor fazer uma escolha mais consciente.
Esta certificação vem ainda ao encontro da orientação estratégica da implementação do PEPAC 2023-2027, que estabelece como forma de intervenção na área da melhoria do bem-estar animal a rotulagem e a promoção de modos de produção sustentável, instrumentos promotores da rastreabilidade, da garantia de segurança e da informação prestada ao consumidor.
Nesse sentido, a FILPORC desenvolveu o seu referencial de certificação em bem-estar animal de suínos que introduz na produção, transporte e abate procedimentos mais restritivos e rigorosos do que os legalmente impostos na área do bem-estar animal, indo ao encontro daquelas que são as recomendações sobre as melhores práticas baseadas em evidências científicas internacionais. O referencial que suporta o caderno de especificações da certificação em bem-estar animal foi desenvolvido com a assessoria técnico-científica da Faculdade de Medicina Veterinária, e marca o caminho orientador da fileira da carne de porco portuguesa para os próximos anos.
Fonte: Agronegócios