A campanha de azeite de 2021 registou a maior produção de sempre, em Portugal: 2,29 milhões de hectolitros, revelam os dados lançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As condições meteorológicas favoráveis ao longo do ciclo da campanha oleícola de 2021, principalmente durante a floração e vingamento dos frutos, conjugadas com o aumento da importância dos olivais intensivos de regadio e com o facto ter sido um ano de safra, contribuíram para a maior produção nacional de sempre, a rondar os 2,29 milhões de hectolitros de azeite (+48,6% que em 2019, o segundo melhor registo desde 1915). De um modo geral, o azeite produzido foi de boa qualidade, com baixa acidez e boas caraterísticas organoléticas.
Em resultado do processamento desta azeitona pelos lagares, a quantidade de bagaço direcionado para as unidades de receção e extração de bagaço de azeitona foi extraordinariamente elevada, conduzindo, após a última semana de novembro, ao esgotamento da capacidade máxima instalada nessas unidades e, consequentemente, à suspensão da sua receção.
Esta decisão teve repercussões nos lagares, que também tiveram que suspender a laboração, e nos olivicultores, que pararam de colher/ entregar a azeitona, deixando-a na árvore em sobrematuração, comprometendo potencialmente a quantidade e qualidade dos azeites obtidos.
Espanha e Itália, os maiores produtores mundiais de azeite, são os nossos primeiro e terceiro principais clientes, respetivamente. Entre 2000 e 2021, o Brasil manteve-se como um importante importador de azeite português, enquanto os PALOP e os países da diáspora portuguesa perderam importância.
Fonte: Agronegócios