O Governo decretou uma lei onde obriga à existência de uma área de 30 mil hectares de vinha para que o produto daí procedente possa ser certificado. A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) está preocupada, pois a Península não possui a área definida pelo Executivo e assim corre o risco de perder o estatuto de entidade certificadora de vinhos.
A autarquia de Palmela já se uniu à CVRPS e pretende solicitar uma revogação do diploma.
Para a presidente da edilidade, Ana Teresa Vicente, a intervenção do Estado revela-se «imperiosa». Alertou ainda para o «aparecimento de tentativas de favorecimento a algumas regiões vitivinícolas em detrimento de outras».
O vereados do PS, Jorge Mares, que disse desconhecer a intenção de se retirar a entidade certificadora aos vinhos da Península de Setúbal, também demonstrou toda a sua disponibilidade para se associar a «esta luta»; de manter a CVRPS em actividade. O autarca socialista afirmou que vai «empenhar-se pessoalmente junto das entidades que fazem a gestão destas certificações para que os vinhos da Península de Setúbal sejam protegidos». Acrescentou que «é preciso denunciar junto das entidades competentes que esta região tem apostado na salvaguarda e preservação da vinha e do vinho, sendo internacionalmente conhecida pela qualidade dos vinhos que produz».
Fonte: Notícias da Manhã e Confagri