A cúrcuma, um composto básico do caril que lhe dá a cor amarela, inibe o crescimento das células cancerosas do melanoma, indica um estudo hoje divulgado pela Sociedade do Cancro dos Estados Unidos.
O trabalho, que será publicado na edição de 15 de Agosto da revista Cancer, assinala que a especiaria, também conhecida por açafrão-da-índia, tem efeitos anti-oxidantes e anti-inflamatórios.
O melanoma é um dos tipos mais mortais de cancro da pele e afecta principalmente a população branca.
A Sociedade do Cancro dos Estados Unidos estima que morram este ano nos Estados Unidos 10.590 pessoas de cancro da pele, 7.770 das quais de melanoma.
Razelle Kurzrock e um grupo de investigadores do Centro Oncológico da Universidade do Texas referem no estudo que a cúrcuma, que dá a cor amarela ao caril, também estimula o processo de apoptose, que é um mecanismo de "suicídio" celular.
Estas conclusões foram extraídas de uma investigação centrada em três tipos de melanoma tratados com cúrcuma em doses e durações distintas.
Os cientistas afirmaram que "os resultados demonstraram que o tratamento com cúrcuma reduziu a viabilidade celular nos três melanomas".
Além disso, em alta concentração e em períodos curtos, a cúrcuma induziu apoptose nas células tumorais. Também houve uma indução semelhante em concentrações menores mas durante períodos mais longos.
"Com base nos nossos estudos, determinámos que a cúrcuma é um potente supressor da viabilidade celular e um indutor da apoptose no melanoma", afirmaram os cientistas.
Acrescentaram que será necessário realizar outros estudos para estabelecer os efeitos da cúrcuma em animais com melanoma.
Fonte: RTP