Engenheiros alimentares da unidade de pesquisa do processamento e qualidade da carne de aves do “USDA Agricultural Research Service” testaram a qualidade e a funcionalidade dos ovos durante um período de armazenagem de 10 semanas, isto é, um maior período comparativamente com os actuais 30 dias estabelecidos como prazo de validade pelas indústrias alimentares.
Sengundo o estudo efectuado, a qualidade dos ovos pode ser mantida com segurança para além da data de validade se os ovos forem armazenados correctamente. De facto, podem ser consumidos após 4 ou 5 semanas para além da data recomendada.
A maioria dos ovos apresentam-se estéreis no momento da formação, no entanto, podem ser contaminados durante a postura ou através do contacto com superfícies.
Durante o estudo foram efectuadas análises aos ovos no sentido de detectar a presença de bactérias como Salmonella, Escherichia, Enterobacter, Klebsiella e Yersinia.
Se os ovos forem manuseados ou processados inadequadamente, essas bactérias podem permanecer na casca, mas as pesquisas efectuadas revelam que os procedimentos de limpeza actuais são adequados para proteger os consumidores.
Os ovos são lavados com água quente entre 32ºC e 50ºC, e enxaguados com uma solução de água quente e cloro antes de serem armazenados.
A casca do ovo e a membrana fornecem uma barreira que limita a possibilidade dos organismos entrarem no ovo. A superfície do ovo tem cerca de 7000 a 17000 poros que permitem a saída de humidade e dióxido de carbono e a entrada de ar.
O ovo possui ainda uma camada natural que previne a contaminação microbiana. Mas como essa camada é alterada ou removida durante o processamento, é aplicada uma camada de óleo para preservar a qualidade interna do ovo.
Os responsáveis pelo estudo afirmam que durante o período armazenagem de 10 semanas, não foi detectada qualquer diminuição em termos de qualidade dos ovos.