A cultura de dois tipos de arroz geneticamente modificado na China permitiu aos agricultores reduzir em 80% o uso de pesticidas e aumentar os rendimentos, em comparação com as plantas tradicionais.
A conclusão é de um estudo de uma equipa de investigadores da Universidade de Rutgers (New Jersey) publicado hoje pela revista Science.
Carl Prey, agro-economista e coordenador do estudo, afirmou que medido ao hectare, a quantidade e o custo dos pesticidas aplicados foram multiplicados por oito a dez nas culturas de arroz tradicional, comparativamente com o arroz geneticamente modificado para resistir aos insectos.
O rendimento do arroz geneticamente modificado, chamado "Xianyou 63", foi 9% superior ao das plantas tradicionais, enquanto que a segunda variedade de arroz geneticamente modificado, "Youming 86", não foi mais produtiva do que a variedade natural.
Por outro lado, nenhum dos agricultores (que plantaram exclusivamente arroz geneticamente resistente aos insectos) teve problemas de saúde geralmente ligados ao contacto com os pesticidas, como enxaquecas, irritações cutâneas ou náuseas durante os dois anos em que fizeram essas culturas, segundo os investigadores.
Em comparação, 8,3% dos agricultores que cultivaram arroz clássico e que recorreram a pesticidas queixaram-se de problemas de saúde ligados a esses produtos químicos em 2002. Esta proporção subiu para 10,9 por cento em 2004.
O estudo foi financiado pela Academia Nacional das Ciências da China.
Fonte: Lusa