O National Institute of Environmental Health Sciences vai publicar um estudo que liga a utilização de químicos nas explorações agrícolas ao aparecimento de problemas de saúde nos agricultores.
O estudo envolveu 19 mil agricultores dos estados norte-americanos de Iowa e Carolina do Norte. Aqueles agricultores que admitiram utilizar certos tipos de insecticidas frequentemente mostraram ter duas vezes mais probabilidades de sofrer tonturas, pés dormentes e tremores em mãos, braços e pernas.
Os mesmos agricultores mostraram duas vezes mais probabilidades de sofrer de visão distorcida ou dupla, pouca visão nocturna, depressão, distracção e dificuldade na fala.
Freya Kamel, a líder do estudo, adiantou que a comunidade científica sempre soube que os químicos utilizados na agricultura danificam o cérebro. «A questão é se são prejudiciais apenas com um grande nível de exposição. O que este estudo faz é expandir o nível de preocupação para níveis de exposição mais moderados».
O estudo alimenta também a hipótese de os insecticidas poderem contribuir para o desenvolvimento da doença de Parkinson, uma condição que destrói as células cerebrais e causa tremores, além de outros problemas sérios. As preocupações relacionadas com os efeitos dos pesticidas estiveram na base de uma série de proibições governamentais dos anos 70.
Ressalva-se que o estudo não determinou quaisquer ligações entre a utilização de substâncias contra as ervas daninhas e fungos e o aparecimento de problemas neurológicos.
Fonte: Environmental News Network e Confagri