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Experiências de Exportação Levam Cereja até Reino Unido e Polónia
2005-05-27

Apesar de a cereja da Cova da Beira (concelhos do Fundão, Covilhã e Penamacor) ser quase toda destinada ao mercado nacional, vai este ano chegar à Inglaterra e Polónia, afirmaram associações ligadas à produção.

Desde meados de Maio que se iniciou a apanha da cereja, que dura até final de Julho, atingindo o pico a meio de Junho.

De acordo com o presidente da Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira (CFCB), José Rapoula, a produção de cereja naquela região deverá em 2005 manter-se ao nível dos anos anteriores, "entre cinco e seis mil toneladas".

Mais optimista, o presidente da Associação de Produtores de Cereja da Cova da Beira (CERCOBE), Marques Francisco, acredita que a produção global na Cova da Beira "pode chegar às oito mil toneladas".

No entanto, a comercialização da esmagadora maioria da cereja não passa pelas duas entidades ligadas ao sector existentes na Cova da Beira. A CFCB prevê receber até 400 toneladas de cereja, valor que deverá ser inferior no caso da CERCOBE.

"Muitos produtores comercializam eles próprios a cereja ou encontram os seus próprios canais de distribuição", explica José Rapoula.

A cereja recebida pela CFCB e CERCOBE tem como principais destinos as grandes superfícies e mercados abastecedores nacionais, mas estão em curso algumas experiências de internacionalização.

Pelo segundo ano consecutivo, a CFCB vai vender cereja para fora do País, através de uma empresa espanhola. No último ano foi exportada tonelada e meia de fruta da Cova da Beira, "a experiência foi positiva e este ano voltámos a receber pedidos de encomenda", explica aquele responsável.

A quantidade de cereja vendida para o estrangeiro deverá aumentar e a Inglaterra será um dos principais destinos da fruta.

No caso da CERCOBE, um grupo de distribuição nacional com filiais no estrangeiro lançou o desafio à associação, que vai fazer uma experiência de exportação para a Polónia.

"Trata-se de um produto delicado, que tem de ser trabalhado com muito cuidado. A exportação é por isso mais arriscada", refere Marques Francisco, que, no entanto, acredita que "a Cova da Beira tem das melhores cerejas do mundo".

De acordo com os responsáveis de ambas as associações, a seca não deverá ter grandes efeitos na produção de cereja. "Poderá apenas prejudicar o calibre (tamanho) do fruto", referem.



Fonte: Lusa

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