A exploração pecuária a que pertencem os animais infectados com brucelose, doença que contaminou já mais de 30 pessoas, foi identificada pelas autoridades e fica no limite do concelho de Ourém.
A Câmara da Batalha, em comunicado, confirmou que foram feitas "diligências junto dos vendedores tendentes à identificação do rebanho infectado" e que, através do cruzamento de dados com a Organização de Produtores Pecuários e as Divisões de Intervenção Veterinária da região, "detectou-se e localizou-se a exploração suspeita".
O documento refere que "constatando-se que a mesma se localizava fora da nossa área territorial, de imediato comunicámos as nossas suspeitas aos serviços competentes", realçando que foi feita "a identificação do pastor, do proprietário da exploração e da contagem do efectivo" que atinge mais de uma centena de animais.
A vendedora do queijo fresco que contaminou uma parte dos doentes já havia sido identificada pelas autoridades e confirmou agora ter comprado o leite naquela exploração.
Segundo fonte do processo, a exploração localiza-se no limite do concelho de Ourém, junto de uma pedreira, e o proprietário já estava referenciado pelas autoridades sanitárias devido ao mau estado dos animais.
O presidente da Câmara da Batalha espera agora que os casos de doentes infectados diminua, aguardando ainda que o estado dos animais seja devidamente investigado.
O surto de brucelose, que já atingiu mais de três dezenas de pessoas, terá tido origem na venda ilegal de queijo fresco na zona da Batalha.
Entretanto, um homem residente na Batalha, com 32 anos, foi internado no hospital de Leiria na quinta-feira, com sinais da doença, permanecendo seis doentes infectados naquela instituição hospitalar.
No início da semana, estavam nove doentes internados no hospital, mas quatro já tiveram alta.
Foram ainda identificados três novos casos, que não necessitaram de tratamento hospitalar, revelou a adjunta do Delegado de Saúde de Leiria, Ana Silva.
Dos seis doentes ainda internados, dois já têm programada a sua alta clínica, acrescentou ainda fonte do hospital de Leiria.
Fonte: ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios