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Bens alimentares à base de gordura com etiqueta inteligente
2023-01-23

Consórcio com sete entidades está perto de concluir um projeto que visa maximizar o tempo de vida dos alimentos

Em breve, deverão chegar ao mercado alimentos à base de gordura que se irão diferenciar dos restantes por terem uma embalagem especial: será dotada de uma etiqueta inteligente na tampa, destinada a atrasar a deterioração do bem alimentar.

Nesta fase, já decorrem os testes com os protótipos, mas a solução está em desenvolvimento desde agosto de 2019, que têm propósito de colocar a inovação nos mercados internacionais.

Ao ser acionada pelo utilizador, a etiqueta inteligente liberta, através de um botão, "antioxidantes de forma duradoura e controlada", para assim, "retardar a oxidação/deterioração do produto sem comprometer a respetiva qualidade e sabor característico", explica o CeNTI, centro de investigação em nanotecnologia, sediado em Vila Nova de Famalicão.

A par do CeNTI - a quem compete o desenvolvimento da tecnologia associada à formulação e aplicação dos antioxidantes, bem como a produção da etiqueta inteligente - fazem parte do consórcio mais duas entidades portuguesas: a Moldit - empresa coordenadora do projeto a nível nacional - e o Centimfe. As quatro instituições restantes são de fora do país.

"A etiqueta estará integrada no material que compõe a tampa, não sendo, por isso, visível. A única parte que ficará visível será um botão e um led que permitirá perceber se a etiqueta está ou não ativa. O material utilizado é um polímero passível de ser utilizados neste tipo de situações", avançam os responsáveis pelo projeto, designado por SAP4MA.

Em defesa da solução encontrada os investigadores alegam que "as embalagens atuais não asseguram a estabilidade oxidativa dos produtos à base de gordura, que pode ser afetada pelas condições de transporte e/ou armazenamento, mesmo dentro do período de validade".

Por esse motivo, reforçam que pretenderam "criar uma solução tecnológica que maximize o tempo de vida útil do produto durante o prazo de validade".

O projeto, que integra o cluster Euripides2, da rede Eureka, é cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do Compete 2020 e Portugal 2020. Está previsto terminar até ao fim do mês em curso.

Fonte: Dinheiro Vivo

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