A área de milho geneticamente modificado totalizou pouco mais de 2.287 hectares em Portugal, no ano passado. São dados do último Relatório de Acompanhamento de 2022 – Coexistência entre Culturas Geneticamente Modificadas e outros Modos de Produção Agrícola, divulgado recentemente pela DGAV.
A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) acaba de divulgar o Relatório de Acompanhamento de 2022 – Coexistência entre Culturas Geneticamente Modificadas e outros Modos de Produção Agrícola. O relatório pretende divulgar os dados referentes ao cultivo de milho geneticamente modificado em Portugal, nomeadamente a informação coligida relativa ao controlo e à monitorização realizada pelos serviços regionais agrícolas.
De acordo com o documento, a área de milho geneticamente modificado em Portugal totalizou 2.287,36 hectares em 2022, tendo sido a grande maioria desta área semeada na região do Alentejo, onde foi registada uma área total de 1.219,67 hectares.
A nível da União Europeia, apenas um único organismo geneticamente modificado está autorizado para cultivo: o milho MON810, incluído em várias variedades de milho. Atualmente, está a ser produzido maioritariamente em Espanha e em Portugal.
Todas as variedades de milho geneticamente modificadas autorizadas para comercialização em Portugal, contêm o evento MON810, que lhes confere resistência a brocas do milho das espécies Ostrinia nubilialis e Sesamia nonagrioides. Foram cultivadas em 2022, em Portugal, dez variedades diferentes de quatro obtentores distintos.
O cultivo de variedades geneticamente modificadas em Portugal é regulado pelo Decreto-Lei n.º 160/2005 de 21 de setembro, o qual estabelece as normas administrativas e técnicas que devem ser cumpridas para o cultivo destas variedades e aplica-se até à entrega pelo produtor ao primeiro comprador da produção obtida. Para verificação do cumprimento desta regulamentação são realizados controlos oficiais pelos inspetores das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) sob a coordenação da DGAV.
Leia o relatório aqui.
Fonte: CiB - Centro de informação de Biotecnologia