A Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) estabeleceu um limite máximo para o boro devido a esta substância não estar incluída na lista de nutrientes permitidos para suplementos alimentares.
No entanto, está a ser preparado um relatório científico relativo ao ácido bórico, de modo a sustentar a adição desta substância à lista dos nutrientes aprovados.
O boro é um mineral que pode ser encontrado em vários alimentos – frutas, cogumelos, nozes, avelãs e ainda no vinho e cerveja como ácido bórico. Ainda não foi estabelecido como um nutriente essencial para os humanos mas existem algumas evidências que indicam que o boro poderá influênciar o metabolismo de outros nutrientes tais como a vitamina D, que por sua vez estimula a absorção do cálcio.
A utilização do boro continua a dividir opiniões. Cientistas afirmam que o boro poderá ser essencial para a conversão da vitamina D na sua forma activa e poderá reduzir a perda de cálcio do organismo através do aumento dos efeitos benéficos do estrogénio.
Existe ainda uma evidência que para níveis superiores a 13 mg/kg do peso corporal, o mineral poderá provocar efeitos no desenvolvimento e reprodução dos animais. Existem relatórios de intoxicações em humanos provocadas pela ingestão de boro, e uma série de dados clínicos que forçam a EFSA a estabelecer um limite baseado em estudos animais.
O limite máximo de boro estabelecido foi de 10 mg/dia para adultos.
As autoridades europeias já estabeleceram limites para mais de 20 vitaminas e minerais, que serão utilizados para definir os limites máximos para a directiva relativa aos suplementos alimentares (2002/46/CE).