O Marine Stewardship Council (MSC) acaba de lançar o MSC Improvement Program, uma nova iniciativa para acelerar o avanço das práticas de pesca sustentáveis em todo o mundo. O MSC, principal programa de certificação de pesca ambientalmente sustentável do mundo, já certificou mais de 500 pescadores de acordo com o seu rigoroso Padrão de Pesca.
No entanto, com o aumento da sobrepesca – cerca de 38% dos recursos pesqueiros globais estão atualmente a ser explorados além dos limites sustentáveis, de acordo com os dados mais recentes das Nações Unidas – torna-se urgente acelerar o progresso. O novo MSC Improvement Program tem como objetivo responder a esta urgência, proporcionando apoio especializado e incentivos de mercado para este setor de atividade, desde que demonstrem melhorias mensuráveis ao longo de um período de cinco anos. As melhorias seguirão um plano de ação, que será verificado de forma independente.
Projetos de Melhoria das Pescas
Esta iniciativa complementa os Projetos de Melhoria das Pescas (FIP, Fishery Improvement Projects) implementados em diversas partes do mundo.
Apesar de muitas empresas já se abastecerem de produtos do mar oriundos de FIPs, como parte dos seus compromissos com o abastecimento sustentável, a eficácia e o impacto desses projetos variam consideravelmente. Um estudo independente revelou que, embora o número de FIPs tenha aumentado, o ritmo das melhorias tem sido lento e os resultados a longo prazo continuam difíceis de alcançar.
Amanda Lejbowicz, diretora de Acessibilidade do Padrão de Pesca do MSC, afirmou: “a MSC trabalha com centenas de pescadores empenhados em todo o mundo que são líderes em sustentabilidade. No entanto, nem todos estão atualmente em condições de cumprir o nosso Padrão de Pesca, apesar da urgência crescente. Esta nova iniciativa tem como objetivo incentivar este setor a melhorar as suas práticas de sustentabilidade. Ao fazê-lo, não só promovemos a saúde dos oceanos e o futuro abastecimento de produtos do mar, como também apoiamos a subsistência das comunidades que dependem da pesca”.
Fonte: Grande Consumo