Um comité governamental do Reino Unido reuniu, esta semana, para ouvir novos estudos sobre a encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida por doença das “vacas loucas”, e a sua variante humana, a doença de Creutzfeldt-Jakob. As conclusões não foram animadoras.
Este comité irá agora participar no aconselhamento de agências alimentares britânicas e de bancos de sangue. O objectivo é tomar as medidas mais eficazes contra a propagação de priões, as proteínas responsáveis pela doença.
Os bancos de sangue britânicos já puseram em prática algumas medidas para conter a propagação da doença, como a remoção dos glóbulos brancos do sangue recolhido, mas este método comporta custos muito elevados e obrigaria à exclusão de doadores de sangue de determinadas características, o que resultaria na redução drástica do sangue armazenado.
O comité governamental analisou um estudo que concluía que o Reino Unido poderia enfrentar, em breve, uma segunda onda da doença de Creutzfeldt-Jakob. Estima-se que existem milhares de britânicos que são portadores da doença, mas que não mostram quaisquer sintomas. Estes poderão tornar-se agentes responsáveis pela propagação maciça da infecção.
Neste contexto, já não se trata apenas de remover da cadeia alimentar as carnes infectadas, mas também tirar do sistema de recolha de sangue aquelas pessoas que estão infectadas e não o sabem.
Desde 1995, morreram 148 pessoas da doença de Creutzfeldt-Jakob, sendo que o número anual de vítimas tem vindo a decrescer desde 2000.
Fonte: Nature e Confagri