Na semana passada, a empresa suíça de biotecnologia Syngenta anunciou, que algumas explorações norte-americanas do milho transgénico Bt11 haviam sido contaminadas pela variedade Bt10, durante o período decorrente entre 2001 e 2004.
A empresa explicou que as duas variedades são muito semelhantes e que a sua eventual entrada na cadeia alimentar humana não representa riscos para a saúde pública. O principal problema prende-se com o facto de apenas a variedade Bt11 ter sido aprovada para consumo animal e humano.
A contaminação foi identificada em quatro estados norte-americanos e as autoridades dos Estados Unidos já se encontram a investigar a situação, sabendo-se já, que a Syngenta pode vir a ser multada em 500 mil dólares. Até ao momento o governo norte-americano não identificou as explorações em causa nem se pronunciou publicamente sobre o incidente.
A empresa suíça garantiu que as explorações contaminadas já foram destruídas ou foram isoladas para futura destruição e assegurou que apenas 37 mil hectares sofreram com o incidente.
Grupos de consumidores já expressaram a sua preocupação com a possibilidade de outras variedades transgénicas não aprovadas penetrarem a cadeia alimentar. Greg Jaffe, especialista em biotecnologia, afirmou que “a duração da violação e a área agrícola potencialmente envolvida é extremamente preocupante”.
O mesmo especialista declarou que esta situação mostra, claramente, “que esta tecnologia é difícil de controlar e é necessário melhor fiscalização governamental”.
Fonte: Reuters e Confagri