A Universidade de Montpellier, em França, está a desenvolver o mais recente método de identificação da origem dos vinhos. Os cientistas pretendem discernir diferentes vinhos através da determinação do ADN das uvas.
A complexidade da composição do vinho tem permitido a falsificação de marcas importantes. Apesar da crescente sofisticação dos métodos de detecção de fraudes, os impostores também vão desenvolvendo os seus métodos de falsificação. Com a identificação do ADN das uvas, as fraudes passarão a ser virtualmente impossíveis.
Actualmente, utilizam-se programas de autenticação falíveis, como é o caso da análise dos isótopos. Os átomos de carbono, hidrogénio e oxigénio variam conforme as versões de vinho, oriundas de diferentes regiões, conseguindo-se distinguir o local onde o vinho foi produzido.
No entanto, a presença dos mesmo átomos varia de acordo com as condições atmosféricas locais, o que significa que é necessário obter amostras da composição dos vinhos a cada ano, para que se possa ter uma base de comparação.
Outro método para distinguir vinhos prende-se com a análise das cores, que são particulares de acordo com o tipo de absorção da luz. Contudo, este método é questionado, desde logo, quando o vinho é composto por misturas, tornando a sua cor um misto de diferentes qualidades.
Com o projecto da Universidade de Montpellier concretizado, a questão da prevenção da falsificação do vinho daria um grande passo. Os mesmos cientistas estão também a trabalhar na identificação de marcadores genéticos das uvas para se conseguir diferenciar as 2500 variedades de uvas existentes.
Fonte: Nature e Confagri