O Ministério da Agricultura anunciou que a vacinação dos ovinos da zona sul do país contra a febre catarral, mais conhecida como a doença da "língua azul", deverá ficar concluída este mês.
A Associação Nacional de Comerciantes e Produtores de Gado (ANCPG) promoveu uma manifestação para contestar um edital da Direcção-Geral de Veterinária (DGV) que proíbe a venda nas feiras de ruminantes (ovinos, caprinos e bovinos) infectados com esta doença, mas não condiciona a comercialização da carne.
Horas depois, a tutela respondeu em comunicado, salientando que a proibição de venda de animais oriundo das zonas de protecção nas feiras de gado visa somente impedir o aparecimento de novos casos da doença.
O documento refere que "o consumo de carne é autorizada porque não há perigo para a saúde pública e a doença circunscreve-se apenas ao foro animal", realçando ainda que não existem novos casos referenciados desde Dezembro do ano passado.
Como medida preventiva, a Direcção Geral de Veterinária estabeleceu "fortes condicionantes à circulação dos animais" entre as zonas de protecção e livre.
O documento refere ainda que "quando os animais são oriundos de explorações localizadas na zona sujeita a restrições, com testes negativos, a sua deslocação só é possível para zonas livres se tiver como destino intermédio uma exploração de engorda e, destino final, o seu abate em matadouro".
O edital aplica-se a todos os ruminantes, já que embora apenas os ovinos e caprinos fiquem com febre, os bovinos também transportam a doença, que se propaga entre animais através dos insectos.
Fonte: Lusa