O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou duas publicações sobre o desenvolvimento da biotecnologia agrícola e perspectivas de futuro, reportando-se a obrigações de rotulagem e rastreabilidade e suas consequências na produção e comércio mundiais.
Um dos documentos desenha três cenários para os próximos 5 a 10 anos. No cenário considerado “cor-de-rosa”, em 2015, a biotecnologia terá conseguido novos produtos de grande impacto, influindo sobre a qualidade dos alimentos, produção de bioenergia e diminuição dos custos de produção.
Neste contexto, os países adoptariam legislações progressistas e eliminariam as actuais restrições, fomentando a expansão do sector. As vantagens trariam maior quantidade de alimentos, cultivando uma menor extensão de terra e conseguindo corresponder à procura crescente, particularmente da Ásia.
O USDA avançou também o cenário denominado “Ilhas Continentais”, em que se manteria a actual diferenciação entre países que incentivam a biotecnologia agrícola e países que a retraem. Neste caso, a maior parte do comércio passaria a desenvolver-se entre os países pertencentes a uma mesma orientação, originando conflitos ao nível da Organização Mundial do Comércio.
O terceiro e último cenário proposto pelo USDA, intitulado “Os OGM Convertem-se num Nicho”, prevê a cessação de invenções biotecnológicas relevantes, mantendo-se apenas os organismos geneticamente modificados actualmente plantados e comercializados. A legislação tornar-se-ia restritiva e voltar-se-ia às técnicas agrícolas convencionais.
Fonte: Agrodigital e Confagri