A organização ecologista internacional Greenpeace denunciou o tráfico ilegal de arroz geneticamente modificado numa cidade do sul da China. Os ambientalistas estão preocupados com a possibilidade do arroz entrar em mercados internacionais.
«Temos a certeza de que as pessoas estão a consumi-lo sem conhecimento», declarou o activista chinês Sze Pang Cheung, reconhecendo que a pressão internacional para a aprovação do arroz geneticamente modificado na China surge numa época complicada para o país.
O governo chinês quer aumentar o rendimento da agricultura urbana, ao mesmo tempo que quer equiparar os rendimentos dos agricultores e das populações das cidades que trabalham noutros sectores.
Os defensores das culturas transgénicas afirmam que os organismos geneticamente modificados podem ajudar o governo a atingir os objectivos propostos, uma vez que aumentam os rendimentos das culturas e reduzem a vulnerabilidade das plantas a pragas.
No entanto a ideia não é consensual e os activistas que se opõem às culturas transgénicas afirmam que estas apenas contribuem para o desenvolvimento das pragas, que se vão tornando mais resistentes, e danificam a biodiversidade, podendo ser perigosas para a saúde humana.
A China é o maior produtor mundial de arroz e encontra-se, neste momento, a testar diversas variedades de arroz transgénico. Espera-se que as autoridades aprovem, pelo menos uma delas, ainda este ano. Entretanto, o arroz geneticamente modificado ilegal poderá já ter penetrado as exportações chinesas.
Pelo menos, isso é o que teme a Greenpeace, admitindo, contudo, que não tem provas directas de arroz transgénico que tenha partido do território chinês com se fosse convencional.
Fonte: Reuters e Confagri