Atendendo às recentes preocupações suscitadas pelo surto de gripe aviária e pela presença do vírus H5N1 em humanos que têm vindo a ocorrer em diversos países do continente asiático, a Agência Portuguesa de Segurança Alimentar informa o seguinte:
1. A gripe aviária é uma doença específica das aves, sendo raros os casos em que se verifica a transmissão entre aves e humanos.
2. Os casos de gripe aviária registados em humanos resultaram, na sua maioria, do contacto directo com aves vivas infectadas.
3. Até à data de hoje, não existe qualquer evidência científica que sugira que este vírus se possa transmitir através da via alimentar, por ingestão de alimentos cozinhados.
4. De referir que o vírus H5N1 não resiste a temperaturas superiores a 70º C, pelo que a transmissão por ingestão de alimentos cozinhados acima desta temperatura é improvável.
5. Em Portugal está implementado um sistema de vigilância activa da gripe aviária, da responsabilidade da Direcção Geral de Veterinária, que realiza análises em explorações avícolas, fazendo a pesquisa de vírus da gripe aviária dos subtipos H5 e H7, não tendo sido encontrado nenhum positivo nas cerca de 1000 análises realizadas este ano. Este plano está a ser ampliado com uma intensificação da amostragem em aves aquáticas migratórias. Além dessas medidas, é efectuado um apertado controlo nos postos fronteiriços, estando proibida a importação de aves e seus produtos de países onde ocorra a doença.
6. A EFSA, na qualidade de Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, tem reiterado a não existência de evidências científicas que sugiram que o vírus H5N1 se possa transmitir através da via alimentar. Apesar disso, continua a avaliar as possíveis implicações do vírus da gripe aviária tanto a nível da saúde animal como a nível da cadeia alimentar. O Painel de Bem-Estar e Saúde Animal da EFSA irá reunir, nos próximos dias 13 e 14 de Setembro.
Remédio contra a gripe das aves poderá ser gratuito
Entretanto, o director-geral de Saúde, Francisco George, afirmou ontem que o medicamento que se tem revelado mais eficaz no combate à gripe das aves «pode vir a ser distribuído gratuitamente» no nosso país.
Para já, o Estado vai pagar cerca de 20 milhões de euros pela compra de 2,5 milhões de embalagens do oseltamivir, o princípio activo comercializado pela Roche com o nome de Tamiflu.
João Pereira, porta-voz da Roche, afirmou que «este anti-retrovírico só começará a voltar às farmácias portuguesas no final do mês de Setembro, princípios de Outubro», uma vez que tem havido uma grande procura mundial.
O fármaco já foi encomendado ao laboratório por 27 países, entre os quais Portugal, Espanha, Japão, Singapura, Bélgica, Holanda, Coreia do Sul, EUA, Israel, Alemanha, Irlanda, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, entre outros.
Fonte: APSA – Agência Portuguesa de Segurança AlimentarRemédio contra a gripe das aves poderá ser gratuitoEntretanto, o director-geral de Saúde, Francisco George, afirmou ontem que o medicamento que se tem revelado mais eficaz no combate à gripe das aves «pode vir a ser distribuído gratuitamente» no nosso país.Para já, o Estado vai pagar cerca de 20 milhões de euros pela compra de 2,5 milhões de embalagens do oseltamivir, o princípio activo comercializado pela Roche com o nome de Tamiflu. João Pereira, porta-voz da Roche, afirmou que «este anti-retrovírico só começará a voltar às farmácias portuguesas no final do mês de Setembro, princípios de Outubro», uma vez que tem havido uma grande procura mundial. O fármaco já foi encomendado ao laboratório por 27 países, entre os quais Portugal, Espanha, Japão, Singapura, Bélgica, Holanda, Coreia do Sul, EUA, Israel, Alemanha, Irlanda, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, entre outros.Fonte: Diário Digital