Em Janeiro deste ano, a Associação para a Valorização Agrícola em Protecção Integrada (AVAPI) organizou um colóquio sobre novas viroses detectadas nas culturas hortícolas transmitidas pela mosca branca.
Trata-se de um dos principais problemas fitossanitários do Algarve. O “síndrome dos amarelos” é um destes novos vírus, que afecta particularmente o tomate e curcubitáceas, como a abóbora, o pepino ou o melão. A doença ataca primeiro a parte inferior das plantas, tornando as folhas amarelas e grossas, resultando na produção de frutos pequenos, em menor quantidade e sem sabor doce.
Actualmente a Direcção Regional de Agricultura do Algarve (DRALG) encontra-se a realizar um ensaio com novas variedades de tomate que indicam, desde já, que a maioria das plantas é susceptível de contrair o “síndrome dos amarelos”. Esta doença está a propagar-se por toda a região algarvia, não sendo ainda possível determinar os prejuízos financeiros que daí advirão.
O colóquio abordou também o Tomato Chlorosis Vírus (TOCV), um vírus que já havia sido identificado na região algarvia em 2000.
Este vírus afecta, essencialmente, o tomateiro, o pimenteiro e as plantas infestantes, deixando-as manchadas e com folhas grossas e quebradiças; a cor arroxeada que as plantas adquirem mostra que ficam envelhecidas precocemente.
O colóquio apresentou, ainda, um terceiro vírus: o “vírus das nervuras cloróticas do pepino”. Foi detectado no Algarve em 2002 e afecta todas as curcubitáceas, provocando a sua morte rápida.
A DRALG recomendou a prevenção destas doenças através da aquisição de plantas jovens e sãs; os agricultores terão de exigir aos viveiros a licença de actividade e o passaporte fitossanitário das plantas. A instituição lembrou que, em breve, apenas serão autorizadas em Protecção Integrada as plantas previstas no Catálogo Nacional Comunitário de Variedades de Espécies Hortícolas.
Fonte: Confagri