A Comissão Europeia divulgou ontem uma lista de medidas, formuladas pelo Comité Permanente da Cadeia Alimentar e Saúde Animal, que tem como objectivo fornecer aos Estados-Membros um guia dos patos, gansos e gaivotas que devem ser alvo de uma vigilância apertada entre Setembro de 2005 e Janeiro de 2006.
Em concreto recomenda-se uma vigilância activa das aves vivas ou caçadas, que se identifiquem as espécies de aves selvagens que apresentam maior risco e os lugares de risco e se realize uma amostra onde se tenha em conta a estabilidade das migrações. Outro dos conselhos passa pela vigilância passiva das aves selvagens encontradas mortas, sobretudo daquelas que apresentem causas de mortalidade anormais ou focos de enfermidades.
Relativamente aos procedimentos de amostragem e análise, recomenda-se que além da análise às fezes, se examinem os tecidos, como o cérebro, coração, pulmões, rins e intestinos.
Seria desejável que se analisassem 5 amostras da mesma espécie, recolhidas no mesmo lugar e no mesmo momento.
A lista provisória das espécies de aves selvagens que representam um alto risco de gripe das aves é:
Anser albifrons
Anser fabalis
Anas platyrhynchos
Anas strepera
Anas acuta
Anas clypeata
Anas Penelope
Anas crecca
Anas querquedula
Aythya ferina
Aythya fuligula
Vanellus vanellus
Philomachus pugnax
Larus ribibundus
Larus canus
Entre estas 15 espécies, com maior risco de poderem estar infectadas com o vírus da gripe da aves, treze invernam em Portugal, como confirmou Mário Silva, director de serviços da Conservação da Natureza, do Instituto de Conservação da Natureza (ICN).
Contudo, recorde-se que, apesar de as autoridades realçarem a necessidade de acompanhar as aves migratórias, é remoto o risco de o vírus H5N1 chegar a Portugal por esta via.
Fonte: AgroDigital, Diário de Notícias e Confagri