A Agência Espanhola de Segurança Alimentar (AESA) está disposta a "vigiar" toda a publicidade aos alimentos e não apenas aquela que é dirigida ao público infantil.
A AESA constatou que se estão a registar alguns "excessos" na hora de informar sobre as supostas vantagens dos produtos alimentares.
Por isso, tal como faz também a União Europeia, a Agência estuda outro tipo de iniciativas sobre a publicidade alimentar em geral "em cumprimento da legislação em vigor", a Lei Geral da Publicidade a Lei de Defesa do Consumidor.
"Temos instrumentos para que a publicidade respeite o seu enquadramento legal", pelo que "queremos trabalhar seriamente, em colaboração com a indústria e com os consumidores", reiteraram.
Apesar de o Código que agora entrou em vigor afirmar que não existe evidência científica suficiente que demonstre o grau de influência da publicidade nas escolhas das crianças, reconhece que não se pode esquecer o seu "efeito prescriptor", sobretudo se se leva em linha de conta que as crianças espanholas vêm, em média, duas horas e meia de televisão por dia.
Como refere a notícia publicada no site Consumer.es, os responsáveis da AESA destacaram que por meio da publicidade nos chega uma parte muito importante da informação que recebemos sobre os produtos de consumo e sobre os alimentos, mas é fundamental que essa informação seja correcta, especialmente no caso das crianças "que não têm uma opinião, o raciocínio e o discernimento, sendo presa fácil de anúncios publicitários irresponsáveis".
Os anúncios abrangidos pelo Código são os dirigidos a menores de 12 anos e, se bem que algumas regras possam ser algo ambíguas, existem proibições expressas que obrigarão muitas marcas a mudar a sua estratégia publicitária. Assim, não se poderá induzir em erro aos menores sobre os benefícios do produto nem utilizar a imagem de personagens populares para o público infantil, sejam elas reais (artistas, desportistas,...) ou fictícios (heróis do cinema ou da banda desenhada).
Aproveitando a entrada em vigor, no dia 19, do Código de Autoregulação da Publicidade sobre Bebidas e Alimentos dirigidos às crianças, os responsáveis da AESA asseguraram que "agora parece que os alimentos curam doenças e esse não é um enfoque correcto".
Fonte: ANIL – Associação Nacional dos Industriais de LacticíniosAproveitando a entrada em vigor, no dia 19, do Código de Autoregulação da Publicidade sobre Bebidas e Alimentos dirigidos às crianças, os responsáveis da AESA asseguraram que "agora parece que os alimentos curam doenças e esse não é um enfoque correcto".