A Associação dos Apicultores do Norte de Portugal apelou hoje ao Governo para a criação de normas de qualidade e higiene na produção do mel e seus derivados, tal como acontece no sector vitivinícola português.
Segundo José Morais, da direcção da associação, o sector é constituído maioritariamente por «gente idosa», pouco susceptível a mudanças e novidades.
De acordo com o responsável, os jovens deveriam ser «mais incentivados» a investir na produção do mel e derivados, já que os espanhóis começam a dominar a sua produção, essencialmente nas Beiras, junto à fronteira.
Em Portugal, a produção do mel é dispersa, mas incide sobretudo no Algarve, Beiras e Norte, onde proliferam os minifúndios e os pequenos produtores.
Segundo os dados da associação, que representa cerca de 2.500 apicultores, a produção média por cada apicultor é de 100 quilos anuais, correspondentes à produção de quatro colmeias.
Cada quilo é vendido entre 3,5 e quatro euros, o que faz com que cada produtor facture anualmente cerca de 350 a 400 euros.
A Associação dos Apicultores do Norte de Portugal, sedeada no Porto, promove a partir de sábado e até ao final do mês a Feira Anual do Mel do Porto, onde poderão ser feitas provas do produto, desde o «claro e delicado» rosmaninho, ao «forte e carregado» das urzes, passando pelos «aromas» do eucalipto e a «heterogeneidade» do multiflora.
Todas estas variedades poderão ser adquiridas a 4,5 euros o quilo.
Poderão ainda ser adquiridos outros produtos de colmeia, como o "pólen" e a "geleia real", produtos de “excelentes efeitos na preservação e manutenção da saúde humana”, referiu José Morais.
Fonte: Lusa