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Caça: Doença em Coelhos e Lebres por Confirmar
2005-08-16

Em declarações à agência Lusa, Fernando Bernardo disse não ter conhecimento da existência da doença grave transmissível ao Homem que estará a afectar coelhos e lebres, como alertou a Federação Portuguesa de Caçadores e Proprietários (FNCP)

O secretário-geral da FNCP, Eduardo Biscaia, explicou hoje à Lusa que a Federação teve conhecimento, através de relatórios de médicos veterinários, que uma doença, a tularémia, está a afectar coelhos e lebres em Portugal e poderá vir a infectar humanos que manuseiem animais portadores de bactéria ou ingiram a sua carne.

Eduardo Biscaia adiantou que foram encontrados, um pouco por todo o país, vários animais mortos e que aparentemente não apresentavam quaisquer sintomas da doença.

Após serem analisadas, constatava-se que os animais apresentavam "bolas gelatinosas" semelhantes a bagos de uva no fígado, baço e pulmões.

Os animais foram analisados por veterinários que concluíram tratar-se da bactéria tularémia.

A bactéria Franciscella tularensis é a causadora da tularémia, que quando transmitida aos humanos tem como sintomas febres, calafrios, cefaleias e dores nas costas.

Considerando que se trata de um caso de saúde pública, a Federação Portuguesa de Caçadores e Proprietários quer que o Ministério da Agricultura tome uma posição quanto a medidas a adoptar.

O subdirector da Direcção-Geral de Veterinária afirmou que a doença tem de ser confirmada pelo Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, mas adiantou que até ao momento não teve conhecimento de que a doença tivesse sido detectada em Portugal.

"Soubemos que de há uma década para cá a tularémia foi detectada no Sul de Espanha, mas em Portugal não", disse.

O responsável referiu ainda que por vezes a tularémia é confundida com outras doenças como a hemorrágica e viral.

No entender de Fernando Bernardo, só o diagnóstico do Laboratório Nacional de Investigação poderá dar a certeza sobre a existência da doença.

Contactado pela agência Lusa, o subdirector da Direcção-Geral de Saúde, Francisco George, afirmou que só se pronunciaria sobre o assunto se a doença tivesse afectado algum ser humano.

Fonte : Confragi



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