A luta contra o plástico está cada vez mais perto de ser vencida e para tal contribuem agora cientistas portugueses que desenvolveram um novo material com potencial para substituir aquele que tantas dores de cabeça tem dado nas últimas décadas.
O feito é de uma equipa de investigadores liderada pela Universidade de Coimbra (UC) e consiste numa nanocelulose combinada com um mineral fibroso, biodegradável e biocompatível, com várias aplicações, como, por exemplo, embalagens alimentares e impressões electrónicas, abrindo portas à fabricação de plásticos mais sustentáveis.
Esta solução ecológica, que na prática se traduz numa nova classe de filmes compósitos, explicam em comunicado José Gamelas e Luís Alves, coordenador do projecto e investigador principal do estudo, respectivamente, foi produzida a partir de «nanocelulose, obtida através de processos mecânicos, químicos e enzimáticos, combinada com um mineral fibroso – um recurso geológico que permite a redução de custos e a melhoria de propriedades mecânicas e de barreira muito importantes».
O desenvolvimento do material, levado a cabo ao longo de três anos, contou ainda com a parceria do o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e da Universidade da Beira Interior (UBI) e com a colaboração da empresa espanhola TOLSA, no âmbito do projecto “FilCNF: Nova geração de filmes compósitos de nanofibrilas de celulose e partículas minerais como materiais de elevada resistência mecânica e propriedades de barreira a gases”.
Fonte: SAPO