Portugal está a sofrer com a quebra de produção de azeite da última campanha, resultante, sobretudo, da seca extrema e severa. O preço do azeite subiu vertiginosamente e praticamente não existem stocks no mercado. Esta situação tem promovido o regresso do uso dos “galheteiros” em muitos estabelecimentos de hotelaria e restauração.
“A utilização dos “galheteiros” viola a legislação nacional, pois está proibida pela Portaria 24/2005, prejudica o consumidor, que não consegue identificar a origem do azeite, e revela-se manifestamente inadequada em termos de higiene e segurança alimentar e de proteção da saúde dos consumidores”, refere o Presidente da Fenazeites, Aníbal Martins.
O azeite posto à disposição do consumidor final como tempero de prato nos estabelecimentos de hotelaria, de restauração e de bebidas, deve ser acondicionado em embalagens munidas de um sistema de abertura que perca a sua integridade após a primeira utilização ou que disponham de um sistema de proteção que não permita a sua reutilização após esgotamento do conteúdo original referenciado no rótulo.
Ora, os “galheteiros” não garantem a genuinidade do produto, favorecendo a fraude!
A CONFAGRI e a FENAZEITES solicitam, pois, à ASAE um aumento da fiscalização nesta matéria, como forma de garantir a qualidade do produto e defender os esforços das Cooperativas e dos Olivicultores nacionais em prole de um produto tão importante para a economia e gastronomia de Portugal, o Azeite.
Fonte: CONFAGRI