Na passada sexta-feira, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentaram um estudo conjunto, sobre a presença de acrilamida nos alimentos, uma substância cancerígena para animais, mas cujos efeitos no corpo humano são ainda desconhecidos.
Em 2002, um estudo sueco revelou que a formação de acrilamida é, muitas vezes, acidental e surge durante a preparação dos alimentos, quando cozinhados a mais de 120 graus centígrados. Desta conclusão, partiu a necessidade da FAO e da OMS de estudarem a questão, de forma a avaliar a toxicidade da acrilamida e as repercussões sanitárias da mesma.
Entre os dias 8 e 17 de Fevereiro, especialistas das duas organizações internacionais reuniram para a avaliação de possíveis riscos para a saúde associados ao consumo de acrilamida e de outros cinco contaminantes dos alimentos. A experimentação em animais revelou que o efeito tóxico daquelas substâncias é significativo, particularmente ao nível da formação de cancros, e os especialistas concluíram que a acrilamida pode constituir um perigo para a saúde pública.
Contudo, a informação sobre os efeitos da substância é ainda escassa. Sabe-se que a quantidade presente nos alimentos pode variar muito e que os principais alimentos que a contêm são as papas fritas ou crocantes, assim como o café ou quaisquer produtos elaborados a partir de cereais. Não é, portanto, possível que a FAO e a OMS avancem recomendações específicas sobre o consumo destes produtos até que se determine a inocuidade de cada produto.
Os especialistas avançaram apenas que é necessário procurar novos métodos de preparação de alimentos que evitem as temperaturas a que a acrilamida se forma.
Fonte: Confagri