A confirmação de um caso da doença das “vacas loucas” numa cabra na França, há alguns meses atrás, conduziu a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA) a emitir um novo relatório sobre os riscos ligados às Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) em pequenos ruminantes.
A AFSSA refere no seu relatório que existem novas situações a ter em conta, entre elas a presença reconhecida numa cabra, de um foco de encefalopatia subaguda espongiforme transmissível (ESET) que não se diferencia da vulgar encefalopatia espongiforme bovina (EEB); a evolução de conhecimentos da natureza e eficiência dos instrumentos de amostragem das ESET em pequenos ruminantes e a descoberta de casos de “scrapie” atípicos.
No seu relatório a AFSSA alerta para o facto de nos pequenos ruminantes a infecção ser «mais difusa e menos localizada», o que dificulta a garantia de que o leite, como dos outros produtos lácteos, daí provenientes são seguros. Por outro lado, a AFSSA considera que o actual dispositivo de rastreio nos pequenos ruminantes é insuficiente, dado que apenas se analisa o seu sistema nervoso central e não os tecidos periféricos.
Por estes motivos, a AFSSA recomenda:
A optimização do sistema de identificação dos pequenos ruminantes;
Que se identifiquem os rebanhos afectados por ESET mediante um rastreio sistemático;
A adopção de medidas de política sanitária;
A definição de condições de qualificação dos rebanhos com risco marginal de infecção por ESET;
Que se favoreçam os planos de melhoria genética para aumentar a resistência dos rebanhos.
Fonte: Agrodigital e Confagri