A Comissão Europeia planeia propor o levantamento do embargo às exportações de carne de bovino britânica até ao final do ano, em consequência dos resultados positivos na luta contra a encefalopatia espongiforme bovina (EEB).

Em 1996, o Reino Unido foi proibido de exportar carne de bovino devido à alta taxa de ocorrência daquela enfermidade, mais conhecida por doença das “vacas loucas”. O país terá de cumprir duas condições: moderar o risco de ocorrência de EEB e conseguir um relatório positivo dos especialistas veterinários da Comissão Europeia.

O Executivo comunitário mostrou, nos últimos dias, vontade de moderar as rigorosas regras de controlo da EEB na União Europeia, já que a incidência da doença tem diminuído em todos os países. Na próxima semana a Comissão vai propor um novo limite de idade para a remoção de Materiais Específicos de Risco das carcaças de animais destinados à alimentação humana: passar de 12 a 24 meses de idade.

Esta medida prende-se com a garantia científica de que os animais são infectados pela EEB através da alimentação com proteína animal. Uma vez que as rigorosas regras comunitárias de alimentação dos animais foram implementadas em 1996, é seguro garantir que os bovinos entretanto nascidos não estão infectados com a doença. Os animais mais velhos deverão ser mantidos sob observação mais controlada, já que o tempo de incubação da doença é longo.

Morreram mais de cem pessoas devido à contracção da variante humana da EEB – a doença de Creutzfeldt-Jakob. Pensa-se que estas vítimas terão sido infectadas através da ingestão de carne contaminada. O país mais afectado foi o Reino Unido.

O número de casos de EEB no país decresceu de 37 mil ocorrências, em 1993, para 343, em 2004, uma evolução que os veterinários da Comissão Europeia já foram avaliar ao terreno. Os resultados das suas observações deverão ser publicados em Setembro. O parecer destes especialistas terá de ser favorável para que o Executivo comunitário possa avançar com o levantamento do embargo às exportações britânicas.

Fonte: Reuters e Confagri

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