Cientistas pensam ter descoberto um conservante natural presente no extracto da uva, que fornece um excelente agente antimicrobiano para uma grande variedade de alimentos processados.
A solução fabricada a partir de extracto de uva possui propriedades antibacterianas quando testada em bactérias de várias espécies em concentrações de 5%.
Segundo os investigadores, os extractos podem ser utilizados nos alimentos de forma a prevenir a contaminação bacteriana.
Os agentes antimicrobianos previnem o crescimento de fungos, leveduras e bactérias em alimentos processados. Paralelamente ao aumento da produção de alimentos verificou-se o aumento do desenvolvimento dos conservantes alimentares.
O objectivo dos conservantes é diminuir a actividade ou destruir as bactérias. Existem três classes de conservantes químicos utilizados em alimentos: benzoatos, nitritos e sulfitos.
No entanto, os conservantes naturais existentes no mercado são preferidos pelos consumidores que procuram cada vez mais produtos obtidos através de agentes naturais.
Este estudo, publicado no “Journal of Science of Food and Agriculture”, determina a concentração em agentes fenólicos e os efeitos dos extractos de uvas (cultivares Emir e Kalecik karasi) em 14 bactérias, e os efeitos dos extractos no crescimento e sobrevivência de 2 bactérias durante a armazenagem.
Todas as bactérias testadas foram inibidas pelo extracto a concentrações de 2.5, 5, 10 e 20%, excepto a Y. Enterocolitica que não foi inibida a concentrações de 2.5%.
O extracto de uva a concentração de 1% provou não ter actividade antibacteriana.
A próxima etapa para os cientistas é encontrar o tipo de alimento para a aplicação da nova tecnologia.
Adicionalmente a ser capaz de destruir patogénicos presentes nos alimentos, o extracto de uva é uma fonte de polifenóis. As substâncias fenólicas reduzem o risco de doenças coronárias e de cancro através da inibição das lipoproteínas de baixa densidade.