Na passada sexta-feira foi apresentado por uma empresa nacional dedicada à área ambiental, situada em Valado de Frades, Nazaré, um sistema inovador para eliminar as carcaças dos animais.
Chama-se biodigestor de cadáveres e usa apenas água e enzimas de algas para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica, eliminando o perigo de contaminação. Ou seja, os animais mortos são transformados em líquido.
Rui Milagre, da Quercus, congratulou-se com a iniciativa classificando-a como «uma boa alternativa à digestão anaeróbia e à incineração, pois é mais barata e não emite gases tóxicos».
No entanto, o técnico realçou que o tal líquido, no qual os animais são transformados, «tem de ser encaminhado para uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR), caso contrário o processo não será 100% eficaz».
Este equipamento, cujo investimento varia entre 3000 e 3250 euros, dirige-se sobretudo a explorações pecuárias e serviços municipais de veterinária.
Rui Faria, da empresa responsável pelo sistema, explicou que o biodigestor «é um contentor de forma esférica, construído em poliester e fibra de vidro, com um filtro de carvão e capacidade para 6500 litros».
Em Portugal, já há até ao momento mais de 100 instalados.
Fonte: Correio da Manhã