Ng – Kway- Hang e a sua equipa, descobriram que pequenas modificações ou mutações no DNA de certos genes levam a mudanças na proteína que resultam em grandes alterações no queijo. Este estudo mostrou que uma mutação na proteína Kappa – caseína, está associada a um grande rendimento na produção de queijo e consequentemente um aumento de qualidade. De acordo com Ng Hang, além de existirem estas duas variantes da proteína Kappa – caseína, existem ainda 50 variantes genéticas de proteínas do leite que podem ter vários efeitos na produção diária de leite.
“Porque as variantes genéticas são transmitidas de acordo com simples regras Mendelianas, é possível produzir variantes específicas” - Explica Ng Hang
Este estudo já está a ser aplicado em populações de vacas, aumentando a frequência do tipo B da kappa- caseína, de modo a melhorar a qualidade do leite e as características do queijo.
“As vacas ficam com cópias adicionais de genes para duas proteínas, beta e kappa caseína. Como resultado o seu leite contem mais 20% de beta caseína e duas vezes a quantidade de kappa caseína, quando comparado com veite de uma vaca normal.”
Esta modificação deve permitir aos fabricantes de queijo produzirem mais queijo com o mesmo volume de leite. O processo de produção deve ser mais rápido, devido à diminuição do tempo de coagulação associado com os altos níveis de proteína.
“Basicamente o queijo é caseína.” - Diz Gootz Laible – investigador do Ruakura Reseach Center em Hamilton (Nova Zelândia). “Um aumento da caseína vai ser muito importante para a indústria, uma vez que os lavradores são pagos conforme a caseína que é produzida no leite.”
A equipa de Gootz Laible criou um grande número de linhas celulares trangénicas, cada uma contendo 39 cópias, adicionais, do gene da caseína. Estas células foram colocadas em óvulos de vaca e em seguida os embriões clonados foram implantados nas vacas. De 11 bezerros, 9 produziram grandes quantidades de caseína.
Fonte: Food Production Daily