A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) declarou, na conferência que está a decorrer no Vietname sobre a gripe das aves, que este vírus veio para ficar e que vão decorrer ainda muitos anos antes que o mesmo seja erradicado.
A FAO afirmou que é necessário um esforço global no combate a esta doença e que, principalmente, é necessário delinear uma estratégia que evite a contaminação humana que, em última análise, pode resultar numa pandemia mundial.
Samuel Jutzi, da FAO, afirmou que “existe um risco crescente da propagação da gripe das aves que nenhum país produtor de aves se pode dar ao luxo de ignorar”.
Para esta organização das Nações Unidas, é necessário que os países ricos doem recursos para que seja conseguido o controlo e contenção da gripe das aves.
A conferência a decorrer no Vietname pretende delinear, precisamente, as estratégias a aplicar pelos países asiáticos que se têm debatido contra o vírus.
A gripe das aves originou já a morte de 140 milhões de aves e os custos das operações de segurança e prevenção ascendem a 10 mil milhões de dólares.
Novos surtos do vírus em países asiáticos tem reforçado a teoria de que o agente patogénico pode sofrer mutações que o adaptem ao organismo humano, podendo matar milhões de pessoas cujo sistema imunitário não está preparado para a presença do vírus.
Os países asiáticos onde se têm detectado os surtos de gripe das aves não têm meios de diagnóstico e vigilância que lhes permita responder de forma rápida e eficaz aos surtos. É necessário que imponham medidas mais rigorosas em relação à produção de aves. Já estão em curso diversas campanhas de sensibilização dos consumidores e produtores, mas vão ser necessário centenas de milhões de dólares para garantir uma luta prolongada contra esta doença.
Fonte: Reuters e Confagri