Foi publicado ontem, no Reino Unido, o primeiro capítulo do maior estudo, até hoje, sobre o impacte ecológico do cultivo de plantas transgénicas. O estudo mostra que alguns transgénicos ajudam o ambiente, enquanto outros o prejudicam.
De acordo com o estudo, duas variedades transgénicas de colza e uma de beterraba branca, foram consideradas perigosas para o ambiente. Por outro lado, uma variedade de milho geneticamente modificado provou-se amiga do ambiente, mais até que a sua versão convencional.
Estudos realizados nos Estados Unidos mostraram que a biotecnologia pode produzir plantas que sejam positivas para a evolução do ambiente e para a saúde dos consumidores. Um dos estudos centrou-se numa planta de mostarda que descontamina terrenos poluídos e outro focou batatas transgénicas que combatem a hepatite B.
No entanto, a Quercus, não está convencida. Em relação ao estudo britânico, a bióloga Margarida Silva explicou, que o caso do milho não estava correcto, «porque a cultura transgénica foi comparada com outra em que eram utilizados métodos de cultivo com pesticidas altamente irregulares».
A especialista admite que a produção de transgénicos possa vir a ser feita no sentido da protecção do ambiente e da segurança alimentar, mas realçou que, actualmente, 98% dos organismos geneticamente modificados são de um de dois tipos: os resistentes a herbicidas, que conduzem ao aumento da utilização de químicos, e os resistentes aos insectos, que produzem em si esses mesmos químicos.
Fonte: Correio da Manhã