De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), o futuro do sector do tomate transformado, em Portugal e Espanha, estará condicionado nos próximos anos.
Os factores que determinam tal condicionalidade são três, no ponto de vista do USDA.
No seu relatório o organismo diz que a implementação, em 2010, na União Europeia de um acordo de livre comércio com os países do Magreb vai aumentar a concorrência no sector dos produtos à base de tomate e, por outro lado, o papel emergente da China como grande exportador mundial será determinante, tal como a alteração dos hábitos de consumo face à comida rápida.
De acordo com o USDA existe a possibilidade de, em 2007, a União Europeia reformar as Organizações Comuns de Mercado que afectam as frutas e hortícolas, introduzindo no tomate ajudas desligadas em lugar da actual ajuda à transformação. Tal factor incitará os produtores menos competitivos ao abandono da actividade e a uma reestruturação global do sector.
Por último, e a médio prazo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos prevê que a produção de tomate transformado na Península Ibérica diminua entre 20 a 30%. Além disso, a presença de excedentes no mercado de produtos de transformação de tomate, assim como as perspectivas existentes deverá forçar a uma reestruturação ou mesmo ao encerramento das empresas menos competitivas.
Fonte: AgroDigital e Confagri