Os suínos podem ser afectados pela gripe das aves, pelo que é necessário investigar com mais profundidade o papel da enfermidade nas explorações porcinas.
O alerta é dado por Joseph Domenech, chefe do serviço de Sanidade Animal da a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) na sua intervenção numa conferência sobre a gripe das aves realizada em Kuala Lumpur, na Malásia.
Além disso, na reunião organizada em conjunto com a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a FAO recomendou que se criem os porcos separados de outras espécies animais e que se incluam os ditos animais nos planos de vigilância quando se detectem casos do vírus em aves domésticas.
FAO a Favor da Vacinação e Contra os Antigripais
Joseph Domenech revelou ainda que a situação na Ásia, relativamente à gripe das aves contínua crítica, pois não está a ser fácil a erradicação do vírus em oito dos países afectados.
No entanto, a FAO não concorda com a eliminação das aves selvagens, mesmo sabendo que elas podem desempenhar um papel fundamental na propagação do vírus. Antes disso, recomenda uma vigilância estrita e medidas de prevenção, como o isolamento das aves selvagens dos animais domésticos e a vacinação das aves nas áreas de risco. É que, de acordo com o responsável, tal enfermidade é altamente patogénica e, por essa razão, não deve ser considerada como endémica e é necessário controlá-la na sua fase inicial.
Sendo assim, para a FAO os laboratórios devem acelerar os seus esforços para desenvolverem novos tipos de vacinas e para comprovar a sua eficácia, de forma particular nos patos.
Além disso, a mesma organização não concorda, igualmente, com o uso de antigripais, porque podem criar o efeito de resistência ao fármaco e dificultar o tratamento da gripe das aves.
Fonte: AgroDigital e Confagri