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Farinha de Origem Bovina Aguarda Incineração
2004-03-18
Segundo o jornal "O Público", a falta de uma incineradora impede Portugal de eliminar as farinhas resultantes de subprodutos bovinos. Cerca de 65 mil toneladas de farinha encontram-se armazenadas. A possibilidade de enviar as farinhas para países onde existem incineradoras está igualmente afastada. Segundo Jorge Antas, vogal do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Garantia Agrícola (INGA), cerca de 50 mil toneladas de farinhas encontram-se em armazéns particulares e mais 15 mil em instalações militares. A incineração é única solução prevista para as farinhas resultantes dos animais que morrem nas explorações pecuárias e de algumas partes da carne de bovino interditas ao consumo (cabeça, intestino, baço e coluna vertebral), de acordo com a legislação em vigor desde Maio de 2003. As autoridades portuguesas depositaram em aterro cerca de 29 mil toneladas de farinhas produzidas a partir dos subprodutos de bovinos, que deixaram de ser comercializados devido ao aparecimento da encefalopatia espongiforme bovina (BSE). "Não podemos eliminar as farinhas em Portugal, porque não temos nenhum incinerador adequado, e também não podemos enviá-las para serem incineradas noutros países enquanto não for levantado o embargo às exportações portuguesas de carne de vaca", justificou Jorge Antas. O armazenamento das farinhas custa cinco euros por tonelada em cada mês, valor que já é suportado pelos consumidores através de uma taxa de 0,35 euros por quilo da carne de bovino, criada há dois anos, que reverte a favor do INGA.

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